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A última semana da ECA foi marcada pela 12ª Semana de Biblioteconomia. Alunas do curso, sob orientação de Marivalde Moacir Francelin, professor do Departamento de Informação e Cultura (CBD), organizaram o evento que contou com mesas, palestras, oficinas e visitas ao Instituto de Estudos Brasileiros (IEB). Na manhã do dia 2 de outubro, Martin Grossmann, chefe do Departamento de Informação e Cultura (CBD), fez uma abertura e falou sobre o perfil da Semana de Biblioteconomia, que está relacionado ao protagonismo dos estudantes: “essa Semana tem uma característica que é uma organização feminista. Isso tem um valor, uma postura política”. Em 2018, a comissão responsável pelas atividades foi composta somente por mulheres. No entanto, a coordenadora Maura Cristina Silva dos Santos afirma que essa composição foi por acaso.
A Semana de Biblioteconomia é organizada de forma voluntária pelos alunos. Assim que entram na Universidade, os ingressantes já recebem informações de veteranos sobre o evento e, durante primeiro semestre, a comissão é formada para preparar as atividades e convidar um docente para orientação. "Minha função no contexto", diz o professor Marivalde, "não é de falar 'essa palestra não pode, essa pode'. Quem decide são os alunos". Eles também fazem parcerias e arrecadam dinheiro com venda de camisetas, canecas, dentre outros objetos.
Temas da Semana Na palestra Promoção de Competências Informacionais por meio das Histórias em Quadrinhos, Andrezza Camera, especialista em Letramento Informacional pela UFG, falou sobre a importância do letramento informacional na educação. “Ele parte da premissa de que não basta guardar o conhecimento, é necessário fazer o pensamento reflexivo disso”, afirma, “letramento informacional tem a ver com garantir às competências informacionais”, que são saber buscar, localizar, selecionar, organizar e utilizar as informações. Ellen Nicolau, historiadora pela Universidade Estadual Paulista e técnica em museologia, na palestra Museu, Patrimônio Material e Imaterial Indígena: Representações, falou a respeito de aspectos coloniais nas ações dos trabalhadores brancos dos espaços culturais diante do patrimônio indígena e como agir nessas situações.
Também foi discutido Assédio e Biblioteconomia, O ofício de um arquivista de orquestra, Um dia na vida de uma bibliotecária disfarçada de UX Designer e outros assuntos que tiveram docentes da ECA e de outras universidades e bibliotecários como palestrantes. “A semana é feita para atender os interesses dos alunos do curso”, afirma o professor orientador, “são temas diversificados, mas todos são de interesse”. Maura conta que as organizadoras prepararam uma lista de temas que a turma sugeriu para colocar em votação. "Acho que listamos 40 temas. Dez eram um pouco abertos e as pessoas começaram a refinar", esclarece. Dessa forma, o evento complementa a formação discente. Segundo a aluna, a Semana de Biblioteconomia é relevante para o curso, pois “é o local em que a gente consegue trazer nossas ideias, nossos anseios”. Além disso, como as turmas são pequenas, – a cada ano, entram 15 alunos de manhã e 25 à noite –, Maura vê o evento como uma forma de unir os alunos. “É como um encontro dos ex-alunos, alunos e os docentes do Departamento”, conclui. Texto: Mirela Cordeiro
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