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Em sessão solene presidida pelo deputado federal Roberto Massafera, a ECA foi homenageada, no dia 21/11, pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, pelo seu cinquentenário. Na ocasião estiverem presentes os professores Antônio Carlos Hernandes, pró-reitor de Graduação, no ato representando o magnífico reitor da USP, Marco Antonio Zago, Margarida Maria Krohling Kunsch, diretora da ECA, e o Eduardo Monteiro, vice-diretor da ECA. O Coro de Câmara Comunicantus, sob a regência do professor Marco Antônio da Silva Ramos, do Departamento de Música (CMU), participou da abertura da cerimônia, apresentando o repertório Pai Tietê, de Eduardo Gudin e Marco Antonio da Silva Ramos, Vamos Aloanda, de Mozart Camargo Guarnieri, e No Cordão da Saideira, de Edu Lobo. No violão Fred Teixeira. Após a abertura musical, foi exibido o vídeo institucional da ECA. Em seguida representando os ex-alunos na área de artes e comunicações foram homenageados o jornalista e comentarista da CBN, Ethevaldo Siqueira, e Tadeu Chiarelli, diretor da Pinacoteca, e professor do Departamento de Artes Plásticas (CAP).
Ethevaldo Siqueira foi aluno da primeira turma de Jornalismo da ECA e professor de Tecnologia da Informação e Telemática entre 1986 a 1996. Atualmente é diretor da Telequest Comunicações Ltda e do portal www.telequest.com.br, e comentarista de Tecnologia da Rádio CBN e da TV Cultura. Durante sua fala, Ethevaldo Siqueira contou relatos sobre seus tempos como aluno da Escola, ainda no período da Ditadura, e comentou sobre algumas grandes coberturas que fez em sua carreira, como a da queda do Muro de Berlim. Segundo Ethevaldo, ele sempre procurou se lembrar das aulas de seus grandes professores na Escola, em particular de Freitas Nobre e Lupe Cotrim. Para ele, "além de ser um excelente alicerce cultural, a ECA busca ensinar valores que devem nortear a vida no mundo das comunicações".
Tadeu Chiarelli é diretor da Pinacoteca e professor do Departamento de Artes Plásticas (CAP) há 35 anos, especialista em História da Arte no Brasil, séculos XIX e XX, com concentração em História da Crítica de Arte no Brasil. Tem livros publicados sobre a crítica de arte de Monteiro Lobato e Mário de Andrade e sobre a produção de artistas como Lasar Segall, Nelson Leirner, Leda Catunda e Emmanuel Nassar. Chiarelli comentou sobre as dificuldades que o CAP enfrenta. De acordo com ele, "as Artes estão cada vez mais esquecidas, sem verba e sem renovação do corpo docente, o que dificulta a continuidade do trabalho de formação de novos artistas, uma área que sempre deu muito prestígio à Universidade".
A professora Margarida, por sua vez, falou sobre como a ECA foi constituída e teve um grande papel na defesa da democracia durante a Ditadura. Também comentou sobre suas contribuições públicas à sociedade brasileira e tudo o que a Escola oferece enquanto instituição de ensino, entre cursos de graduação, pós-graduação, cursos de cultura e extensão, especialização e difusão. Segundo a professora “não se pode ignorar o notório pioneirismo e empreendedorismo da ECA na institucionalização dos campos das comunicações, da informação, das artes e do turismo no Brasil. É uma unidade de ensino que já conta com um reconhecimento público do seu papel como formadora e produtora da cultura, das artes e das comunicações, áreas imprescindíveis para pensar a complexidade do mundo contemporâneo”. Clique aqui e leia na íntegra o discurso da professora Margarida Maria Krohling Kunsch. O pró-reitor de graduação Antônio Carlos Hernandes destacou que, embora a USP esteja passando por uma crise, ela não parou e continua produzindo muito, seja nas áreas do ensino, da pesquisa ou da cultura e extensão. "Queria agradecer a ECA por todo o trabalho que vem desenvolvendo, mesmo com todas as dificuldades, para que a Escola continue sendo o que tem sido desde sua criação: pioneira em transformar, pioneira em formar pessoas que fazem a diferença". A fala de encerramento da cerimônia foi a do deputado Roberto Massafera, que destacou a importância da USP em todas as áreas do conhecimento. Também comentou o papel relevante da ECA na luta pela democracia e direitos do cidadão, mas fez críticas ao modo como a Universidade divulga sua produção científica. Segundo ele, "a população raramente toma conhecimento sobre as pesquisas que estão sendo desenvolvidas na USP". Finalizou seu discurso com uma sugestão para que a ECA se encarregue da comunicação de todos as faculdades da instituição, tornando acessível à sociedade o progresso de suas pesquisas e projetos.
texto: Mariana Rosa
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