|
|||
Até domingo, dia 12 de agosto, está em cartaz a peça Navalha na Carne Negra, no Teatro da USP (TUSP). O espetáculo baseado no texto do escritor brasileiro Plínio Marcos, Navalha na Carne, traz as histórias de uma prostituta, um cafetão e um camareiro gay. “A peça tem uma situação única, que é o encontro dessas três figuras, numa espécie de acerto de contas”, conta o diretor da peça e professor da Escola de Arte Dramática (EAD), José Fernando Peixoto de Azevedo. Na encenação, o texto que completou 50 anos em 2017 está na íntegra. No entanto, diferentemente de outras versões, os atores são todos negros e há uma câmera presente no palco a todo momento, captando as imagens e reproduzindo em televisões. “É uma versão que, a partir da presença desses atores negros e de um dispositivo de cena que junta teatro e cinema, redimensiona o texto original”, afirma o diretor. José Fernando Peixoto de Azevedo também diz que cada um dos atores tem experiência de teatro negro a partir de grupos diferentes. Lucélia Sergio, da Companhia Os Crespos, Raphael Garcia, do Coletivo Negro – ambos ex-alunos da EAD –, e Rodrigo Santos, da Companhia dos Comuns, contribuem com suas realidades, experiências e pesquisas para trazer a discussão do lugar do negro na sociedade brasileira, historicamente e contemporaneamente, através do espetáculo.
Serviço:
|
|||